Premiado
Selecção Fórum
Porto Alves de Sousa Vintage
Generoso
2019
Porto
Preços
Sócio
52,25 Gfa
52,25 Cx
Não Sócio
55,00 Gfa
55,00 Cx
Vendido em cx de 1 gfa x (0,75l)
  • Notas de prova
  • Prémios
Cor rubi profunda, retinto. Grande complexidade e profundidade aromática, frutos negros sobremaduros, com notas balsâmicas, ruibarbo, ginja, chocolate negro e alcaçuz. Denso, com grande estrutura mas extraordinariamente equilibrado. Especiado e com um final intenso e longo.
Medalha de Ouro Fórum de Enólogos Dezembro 2021
Designação Oficial: 
D.O.C.

Temperatura de Serviço: 

14ºC

Teor alcoólico: 

19.50%vol

Longevidade: 

Mais de 30 Anos

Harmonizações: 

  • Sobremesas à base de chocolate |
  • frutos vermelhos e queijos fortes.

Situações de consumo: 

Sobremesas
Observações de consumo: 
Aconselha-se o consumo no próprio dia, não devendo ultrapassar os 3 dias. Deve ser decantado 30 minutos antes de ser servido.
Vinificação: 
Colheita manual. Fermentação muito lenta com leveduras indígenas a baixa temperatura em “micro-lagar” com pisa mecânica costumizada. Fortificado naturalmente com aguardente vínica neutra (77% vol). Estágio de 2 anos.
  • Castas
  • Região
  • Enólogo
  • Produtor

Sousão

Touriga Franca

Touriga Nacional

Porto

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O "Vinho do Porto" distingue-se dos vinhos comuns pelas suas características particulares: uma enorme diversidade de tipos em que surpreende uma riqueza e intensidade de aromas incomparáveis e uma persistência muito elevada, quer de aromas, quer de sabor, para além de um teor alcoólico elevado (geralmente entre os 19 e os 22% vol.), numa vasta gama de "doçuras" e grande diversidade de cores.

Observações dos produtores acerca deste vinho: 
O primeiro Porto Vintage a receber o nome da família Alves de Sousa reúne uvas das suas melhores vinhas, compondo um vinho com um grande carácter, capacidade de guarda e com o toque sempre pessoal de Alves de Sousa. 12 Hectares de vinhas integralmente de Letra A, a melhor das classificações atribuídas para a produção de Vinho do Porto, localizadas precisamente no “coração” da região, com uma apetência natural e histórica para grandes vinhos do Porto. O casamento das condições extremas e do vigor da Oliveirinha com a frescura e a elegância conseguidas na Gaivosa foi mais que natural. Foi perfeito. 2019 foi um ano em geral seco (embora não tanto quanto 2017 ou 2015), foram antes as grandes oscilações nas temperaturas que mais o marcaram - desde o início as temperaturas foram sucessivamente passando de acima para abaixo da média, com um reflexo natural no ciclo da vinha que apesar do avanço inicial foi posteriormente desacelerando. As diferentes castas lidaram naturalmente de um forma diferente com estas variações, com alguma heterogeneidade inicial nas maturações a obrigar a um acompanhamento rigoroso e a uma redefinição do calendário de vindima. O esforço logo deu os seus frutos - a par de um excelente estado fitossanitário global, o saber esperar e respeitar o tempo das diferentes castas e das diferentes vinhas face às condições do ano permitiu ir refinando progressivamente o seu carácter e qualidade final. Vinhos com profundidade, estruturas sólidas, algo fechados e austeros à nascença mas com grande carácter, complexidade e um equilíbrio fantástico. Vinhos de guarda pelos quais, tal como sucedeu na vinha, será também necessário saber esperar... mas com tudo para uma grande evolução em garrafa.

Alves de Sousa

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A produção de vinhos é uma tradição familiar para Domingos Alves de Sousa: o seu pai (Edmundo Alves de Sousa) e avô (Domingos Alves de Sousa) tinham já sido vitivinicultores do Douro. Mas Domingos Alves de Sousa abraçou a princípio uma outra carreira. Tendo-se licenciado em Engenharia Civil, não resistiu porém ao duplo apelo (da terra e do sangue), e abandonou a sua actividade em 1987 para se dedicar em exclusivo à exploração das quintas que lhe couberam em herança e a outras que posteriormente adquiriu, nas quais tem vindo a executar um trabalho modelar de emparcelamento e de reestruturação das vinhas. A evolução da sua actividade vitivinícola reveste-se de aspectos interessantes, quase paradigmáticos e merece um pouco de história.

Durante muito tempo foi fornecedor das conhecidas e prestigiadas companhias Casa Ferreirinha e Sociedade dos Vinhos Borges. Mas os problemas que afectaram o sector nos finais da década de 80, que tiveram como consequência um aumento exagerado dos custos de produção, e em especial a catastrófica colheita de 1988, levaram-no a questionar a rentabilidade das suas explorações.

E foi esse questionar o ponto de viragem.

Tal como muitos outros viticultores durienses, afectados pela recessão em que a Região Demarcada se debatia, voltou-se para a valorização das "sobras" do Vinho do Porto, ou seja, o vinho de pasto do Douro, até então tradicionalmente subalternizado em relação ao vinho generoso.

Claro que esta mudança radical de atitude exigia mais do que simples boa vontade e desejo de vencer: exigia formação técnica e profissional. Frequentou assim cursos de viticultura e enologia em Portugal e França (Bordéus) e, munido desse lastro e reunindo uma equipa devidamente qualificada, lançou mãos à obra na reestruturação das suas vinhas decidido a trilhar o seu próprio caminho de produtor-engarrafador, construindo na sua Quinta da Gaivosa a adega onde daí em diante vinificaria a produção das uvas provenientes das suas 5 Quintas.

Efectuadas algumas experiências com diversas castas, seleccionou as que se revelaram mais aptas a produzir os melhores vinhos de Denominação de Origem Douro, e com elas produziu e lançou no mercado, em meados de 1992, aquele que seria o seu primeiro vinho: o Quinta do Vale da Raposa branco 1991, que desde logo cativou os apreciadores e mereceu as melhores referências. Era o início de um percurso recheado de sucessos que se arrastou até aos dias de hoje, e de que amanhã concerteza ainda iremos ouvir falar.

A qualidade do seus vinhos tem vindo desde então a ser reconhecida através de distinções e referências em revistas da especialidade, destacando-se a atribuição do prémio "Produtor do ano" em 1999 pela prestigiada Revista de Vinhos.