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Destaque
Casa da Passarella Vindima de 2014
Tinto
Dão
Preços
Sócio
270,75 Gfa
270,75 Cx
Não Sócio
285,00 Gfa
285,00 Cx
Vendido em cx de 1 gfa x (0,75l)
  • Notas de prova
  • Prémios
Cor vermelho rubi. Aroma fresco e complexo com notas minerais e de fruta vermelha, cássis, especiarias e um toque balsâmico. Na boca é encorpado e elegante, com taninos macios e boa acidez. Final longo e persistente.
97/100 – Jornal Público – Junho 2025
Designação Oficial: 
D.O.C.

Temperatura de Serviço: 

16/18 ºC

Teor alcoólico: 

14.00%vol

Longevidade: 

15 a 20 anos

Harmonizações: 

  • Pratos de carne mais estruturados e queijos.

Situações de consumo: 

Com a refeição
Observações de consumo: 
Estabilizado naturalmente, poderá criar algum depósito com o passar dos anos.
Vinificação: 
Colheita manual para pequenas caixas de 12 kg de cinco das sete vinhas da Casa da Passarella, da escolha de um só dia de vindima. Vinificação em lagar de granito e fermentação espontânea. Estágio de 24 meses em toneis de carvalho. Engarrafado pela primeira vez em 2016, foi rearrolhado pelo enólogo Paulo Nunes, garrafa a garrafa cerca de sete anos depois.
  • Castas
  • Região
  • Produtor

Alfrocheiro

Alvarelhão

Baga

Jaen

Tinta Carvalha

Tinta Pinheira

Touriga Nacional

Dão

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A zona do Dão situa-se na região da Beira Alta, no centro Norte de Portugal. As condições geográficas são excelentes para produção de vinhos: as serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela protegem as vinhas da influência de ventos. A região é extremamente montanhosa, contudo a altitude na zona sul é menos elevada. Os 20000 hectares de vinhas situam-se maioritariamente entre os 400 e 700 metros de altitude e desenvolvem-se em solos xistosos (na zona sul da região) ou graníticos de pouca profundidade. O clima no Dão sofre simultaneamente a influência do Atlântico e do Interior, por isso os Invernos são frios e chuvosos enquanto os Verões são quentes e secos.

Na Idade Média, a vinha foi essencialmente desenvolvida pelo clero, especialmente pelos monges de Cister. Era o clero que conhecia a maioria das práticas agrícolas e como exercia muita influência na população, conseguiu ocupar muitas terras com vinha e aumentar a produção vitícola. Todavia, foi a partir da segunda metade do século XIX, após as pragas do míldio e da filoxera, que a região conheceu um grande desenvolvimento. Em 1908, a área de produção de vinho foi delimitada, tornando-se na segunda região demarcada portuguesa.

O Dão é uma região com muitos produtores, onde cada um detém pequenas propriedades. Durante décadas, as uvas foram entregues às adegas cooperativas encarregadas da produção do vinho. O vinho era, posteriormente, vendido a retalho a grandes e médias empresas, que o engarrafavam e vendiam com as suas marcas. 

Com a entrada de Portugal na CEE (1986) houve necessidade de alterar o sistema de produção e comercialização dos vinhos do Dão. Grande parte das empresas de fora da região que adquiriam vinho às adegas cooperativas locais, iniciaram as suas explorações na região e compraram terras para cultivo de vinha. Por outro lado, as cooperativas iniciaram um processo de modernização das adegas e começaram a comercializar marcas próprias, enquanto pequenos produtores da região decidiram começar a produzir os seus vinhos. As vinhas passaram também por um processo de reestruturação com a aplicação de novas técnicas vinícolas e escolha de castas apropriadas para a região.

As vinhas são constituídas por uma grande diversidade de castas, entre as quais a Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz (nas variedades tintas) e Encruzado, Bical, Cercial, Malvasia Fina e Verdelho (nas variedades brancas). Os vinhos brancos são bastantes aromáticos, frutados e bastante equilibrados. Os tintos são bem encorpados, aromáticos e podem ganhar bastante complexidade após envelhecimento em garrafa.

 

Fonte: Infovini

Observações dos produtores acerca deste vinho: 
Da vinha ao vinho, este Vindima 2014 é o herdeiro de histórias fascinantes – de tradições que foram partilhadas, de pais para filhos, tanto por grandes nomes da enologia portuguesa do passado, como por gente humilde e sábia para quem estas terras não têm quaisquer segredos. 2014, em termos climáticos foi seguramente um ano “desafiante”, com constantes alterações meteorológicas a impedirem a evolução natural das uvas. Entre abril e maio fez muito calor e quase não choveu. Junho terá sido o único mês “normal”, porque em julho choveu bastante e os termómetros teimaram em não subir. Agosto continuou fresco, embora seco, e em setembro voltou a chover e, pior, numa altura em que as uvas ainda não estavam no ponto ideal de maturação. Isso obrigou muitos produtores a adiar as vindimas para outubro – como foi o caso – e nesse mês fez tanto calor que se bateram recordes. Isto para não falar nos constantes sobressaltos e cuidados necessários para prevenir o surgimento de pragas na vinha, exponenciados pela humidade elevada.