Premiado
Moscatel Alambre 40 Anos
Generoso
Península de Setúbal
Preços
Sócio
95,00 Gfa
95,00 Cx
Não Sócio
100,00 Gfa
100,00 Cx
Vendido em cx de 1 gfa x (0,5l)
  • Notas de prova
  • Prémios

Cor âmbar muito carregado com laivos avermelhados. Aroma de frutos secos com belas notas de caramelo, figos e especiarias do estágio em carvalho. Na boca volta o figo seco com toque de canela num conjunto macio mas com uma boa acidez. Final prolongado.

91/100 pontos – Wine Enthusiast Dezembro 2019
Designação Oficial: 
D.O.C.

Temperatura de Serviço: 

15/16º C

Teor alcoólico: 

18.00%vol

Longevidade: 

Indeterminável. Está pronto a ser consumido, não beneficia com estágio em garrafa. Desde que em condições adequadas pode guardar-se durante largos anos sem alteração das características.

Harmonizações: 

  • Chocolate |
  • Doces conventuais |
  • Um bom charuto

Situações de consumo: 

Sobremesas
Sozinho
Vinificação: 
As uvas são analisadas à chegada na adega permitindo a adição de aguardente no momento ideal para parar a fermentação (quando a quantidade de açúcar residual é de 187 g/l e o teor de álcool de 18%). Contacto pelicular de 5 meses. As massas prensadas são lotadas com o vinho lágrima. O envelhecimento é feito em cascos de madeira usada. Este vinho é um blend de colheitas em que a colheita mais nova tem 40 anos e a mais antiga 50 anos.
  • Castas
  • Região
  • Enólogo
  • Produtor

Moscatel

Península de Setúbal

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Terão sido os Fenícios e os Gregos que trouxeram do Próximo Oriente bastantes castas para esta região e que, achando o clima ameno, as encostas da Arrábida e a zona ribeirinha do Tejo propícias ao cultivo da vinha, se lançaram no seu plantio. Mais tarde, os romanos e os Árabes deram grande incremento à cultura da vinha nesta península.

Com a fundação do reino de Portugal, vieram outros povos, nomeadamente os Francos, povo de antiquíssimas tradições vitícolas, que incrementaram a produção de vinho nesta região, tradição que ainda hoje prevalece.

Situada no litoral Oeste a Sul de Lisboa, é nesta região vitivinícola que se produz o famoso e tão apreciado Moscatel de Setúbal.

 

Esta região pode dividir-se em duas zonas orográficas completamente distintas: uma a Sul e Sudoeste, montanhosa, formada pelas serras da Arrábida, Rosca e S. Luís, e pelos montes de Palmela, S. Francisco e Azeitão, estes recortados por vales e colinas, com altitudes entre os 100 e os 500 m. A outra, pelo contrário, é plana, prolongando-se em extensa planície junto ao rio Sado.

O clima é misto, subtropical e mediterrânico. Influenciado pela proximidade do mar, pelas bacias hidrográficas do Tejo e do Sado, e pelas serras e montes que se situam na região, tem fracas amplitudes térmicas e um índice pluviométrico que se situa entre os 400 a 500 mm.

Os solos são argilo-arenosos ou franco-argilo-arenosos, calcários com ligeira alcalinidade, alguns deles compactos e férteis.

A qualidade dos vinhos desta região justificou o reconhecimento das Denominações de Origem Controladas "Setúbal" para a produção do vinho generoso, e "Palmela", na qual, para além dos vinhos branco e tinto, se inclui também a produção de vinho frisante, espumante, rosado e licoroso.

O Vinho Regional "Terras do Sado" produz-se em todo o distrito de Setúbal.

 

Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho, I.P.

Observações dos produtores acerca deste vinho: 
Moscatel de Setúbal é um vinho generoso com Denominação de Origem Controlada (D.O.C.), reconhecida desde 1907. Este vinho generoso é elaborado a partir da casta Moscatel, que é um tipo de uva que prima pelo seu carácter frutado, melado com aroma a fruta tropical. Na produção deste Moscatel de Setúbal teve-se o maior cuidado na seleção dos lotes que compõem este produto, resultando num vinho de cor mais carregada, com maior complexidade e volume de boca, mantendo-se a elegância e suavidade que caracterizam este Moscatel de Setúbal. Da produção anual de Moscatel de Setúbal, uma parte é destinada ao envelhecimento mais prolongado em cascos de madeira usada, que podem ser visitados na Adega dos Teares Velhos, na Casa Museu, em Vila Nogueira de Azeitão.

José Maria da Fonseca Vinhos

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Fundada em 1834 por José Maria da Fonseca, é a mais antiga empresa portuguesa produtora de vinhos de mesa e Moscatel de Setúbal. A família Soares Franco, proprietária da empresa desde há mais de 170 anos, tem assumido um papel determinante no sector vinícola nacional.

José Maria da Fonseca nasce na região do Dão, em Nelas, a 31 de Maio de 1804. Depois de se formar bacharel em matemática na Universidade de Coimbra, estabelece-se em Vila Nogueira de Azeitão onde funda a empresa com o seu nome em 1834. Até ao seu falecimento (1884), José Maria da Fonseca, com a formação intelectual e espírito inovador, introduziu na indústria do vinho aspectos tão essenciais como a utilização do arado ou a comercialização do vinho em garrafas. Outro aspecto pioneiro foi a criação de marcas, Moscatel de Setúbal (1849), Periquita (1850) e Palmela Superior (1866) demonstrando um cuidado especial na apresentação do vinho.Para além do aumento das vendas e expansão das exportações, o reconhecimento da modernidade, asseio e eficiência "das instalações vinárias do senhor Fonseca" foram largamente comentados e elogiados. Como resultado em 1857 o rei D. Pedro V conferiu-lhe a Ordem da Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito.

O Brasil cedo se tornou o principal destino dos vinhos da José Maria da Fonseca, tendo chegado mesmo a ter uma delegação no Rio de Janeiro. Este aumento da procura levou à necessidade de compra de vinhas, não só na região de Azeitão (Quinta de Camarate), como noutras regiões (Vinhas Viúva Gomes em Colares). No final dos anos 20, a recessão económica mundial e o período de instabilidade vivido no Brasil levam à venda de algum do património da empresa (como foi o caso das Vinhas Viúva Gomes, na região de Colares).

A recuperação económica e comercial da empresa chega marcada pelo génio de um grande enólogo – António Porto Soares Franco – diplomado em Montpellier e criador dos roses Faísca (1937) e Lancers (1944). O Faísca era um sucesso no mercado interno e as vendas de Lancers nos EUA não paravam de crescer (no final dos anos 60, vendiam-se nos EUA um milhão de caixas de Lancers).
Em 1945 é introduzido o primeiro vinho branco de grande sucesso no mercado nacional, Branco Seco Especial (BSE) e em 1959, é lançada a marca Terras Altas com vinhos do Dão. Os vinhos "Pasmados", inicialmente conhecidos como Branco Velho e Tinto Velho, adquirem a sua identidade própria também em 1959.

Neste período é criada uma empresa de distribuição de vinhos - a Sileno - e é feita uma joint-venture com a americana Heublein para a produção do Lancers - sendo criada a J. M. da Fonseca Internacional Vinhos. No início dos anos 80, com os resultados da venda à Heublein da sua parte na J. M. da Fonseca Internacional Vinhos, são feitos novos investimentos: aquisição de vinha (Casa Agrícola José de Sousa Rosado Fernandes, em Reguengos e da Vinha Grande de Algeruz, em Setúbal) e modernização de todo o processo de vinificação, estágio e envelhecimento dos vinhos.

É também neste período que a sexta geração da família, representada por António Soares Franco, presidente da companhia, e o seu irmão Domingos Soares Franco, vice-presidente e responsável pela enologia assume o comando da JMF. Em 1996, a empresa volta a adquirir à IDV (antes Heublein) a marca Lancers e as instalações da J.M. Fonseca Internacional Vinhos.

Outro grande investimento foi a construção de um dos mais modernos centros de vinificação da Europa que, com uma capacidade para vinificar 6,5 milhões de litros de vinho, dá resposta às crescentes exigências de um mercado cada vez mais competitivo. Paralelamente a José Maria da Fonseca foi a primeira empresa de vinhos de mesa portuguesa a obter a exigente Certificação da Qualidade ISO 9002.

Entre 1997 e 1999 são lançadas as marcas Periquita Clássico, Primum, Colecção Privada DSF e Trilogia. Dá-se também a compra da Quinta das Faias e inicia-se a construção do Centro de Vinificação Fernando Soares Franco (inaugurado em 2001). Em 2000 é criada a José Maria da Fonseca & van Zeller S.A. e adquirida no Douro a propriedade Vale da Mina e em 2001 dá-se o relançamento da marca Vinya e o lançamento das marcas Septimus e Fernando Soares Franco Garrafeira. As marcas Domini, Domini Plus e Porto Vintage são lançadas em 2002.