Premiado
Selecção Fórum
Caldas Vinhas Velhas
Tinto
2015
Douro
Baixo Corgo
Preços
Sócio
19,95 Gfa
59,85 Cx
Não Sócio
21,00 Gfa
63,00 Cx
Vendido em cx de 3 gfa x (0,75l)
  • Notas de prova
  • Prémios

Cor rubi. Aromas a amoras, violetas, casca de pinheiro e chocolate negro. Boca muito elegante, complexa e envolvente, com ameixas pretas e notas muito finas de café. Grande classe e elegância. Final longo

Medalha de Ouro

Fórum de Enólogos

Designação Oficial: 
D.O.C.

Temperatura de Serviço: 

16/17ºC

Teor alcoólico: 

14.50%vol

Longevidade: 

12 a 15 anos

Harmonizações: 

  • Carnes vermelhas |
  • Charcutaria |
  • Queijos

Situações de consumo: 

Com a refeição
Observações de consumo: 
Beneficia se aberto 20 minutos antes de servir.
Vinificação: 
Vindima manual. Desengace total. Fermentação com controlo de temperatura. 3 dias de maceração. Estágio de 14 meses em barricas de carvalho francês de segundo e terceiro ano.
  • Castas
  • Região
  • Enólogo
  • Produtor

Tinta Roriz

Tinto Cão

Touriga Franca

Touriga Nacional

Vinhas Velhas - Tintas

Douro

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Durante a ocupação romana já se cultivava a vinha e se fazia vinho nos vales do Alto Douro. A história da região é simultaneamente fascinante e cruel, desde os tempos imemoriais em que o Douro era sobretudo esforço e violência, que foi amansando e evoluindo, permitindo-nos desfrutar de uma das mais espantosas "paisagem cultural, evolutiva e viva" do país, actualmente reconhecida como Património Mundial pela UNESCO.

De salientar também o facto de ter sido a primeira região demarcada e regulamentada do mundo, aquando da criação pelo Marquês de Pombal, da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, em 1756.

A região, rica em microclimas como consequência da sua acidentada orografia, divide-se em três sub-regiões - Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior, produzindo-se em cada uma delas vinhos de qualidade brancos, tintos e rosados, vinhos espumantes, licorosos e ainda aguardentes de vinho com especificidades próprias.

Da globalidade do volume de vinho produzido na Região Demarcada do Douro, cerca de 50% é destinada à produção de "Vinho do Porto", enquanto que o restante volume é destinado à produção de vinhos de grande qualidade que utilizam a denominação de origem controlada "Douro" ou "Vinho do Douro".

Merece também destaque o Vinho Regional Duriense cuja região de produção é coincidente com a Região Demarcada do Douro.

Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho, I.P.

Observações dos enólogos acerca deste vinho: 
Na elaboração deste vinho são utilizadas mais de 20 castas autóctones com idade superior a 90 anos
Observações dos produtores acerca deste vinho: 
Em 2015 a um Inverno particularmente frio e seco seguiu-se um Verão igualmente seco. Os níveis de défice hídrico foram dos mais severos de que há registos e as temperaturas foram também altas, com várias ondas de calor entre Abril e Julho, resultando num avanço de quase 10 dias no ciclo da vinha. Apenas em Agosto as temperaturas se atenuaram, descendo mesmo abaixo da média, acabando por permitir uma maturação muito mais suave do que se adivinharia. Tais condições permitiram igualmente um estado sanitário exemplar, com uma preservação não apenas da qualidade como da própria quantidade produzida. Resultou num ano ímpar a todos os níveis, generoso na quantidade mas sobretudo na qualidade – no seu todo das mais altas de que há memória e revelando picos de qualidade plenos de carácter, estruturas sólidas, profundidade e sobretudo um equilíbrio fantástico entre todas as suas componentes. E será difícil não encontrar um curioso paralelo histórico e porventura cíclico – 2015 foi um dos anos mais secos, apenas comparável com… 2005. A vindima começou mais cedo do que nunca, tal como… 1995. Superstições à parte é impossível ficar indiferente às semelhanças entre 2015, 2005 e 1995. E se a qualidade excepcional de 2005 e 1995 é por demais evidente na sua fantástica evolução ao longo dos últimos 10 e 20 anos, as elevadas expectativas para 2015 são não apenas naturais mas como facilmente se tornam certezas – 2015 é um dos melhores anos de sempre para os vinhos do Douro e Porto da família Alves de Sousa.

Alves de Sousa

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A produção de vinhos é uma tradição familiar para Domingos Alves de Sousa: o seu pai (Edmundo Alves de Sousa) e avô (Domingos Alves de Sousa) tinham já sido vitivinicultores do Douro. Mas Domingos Alves de Sousa abraçou a princípio uma outra carreira. Tendo-se licenciado em Engenharia Civil, não resistiu porém ao duplo apelo (da terra e do sangue), e abandonou a sua actividade em 1987 para se dedicar em exclusivo à exploração das quintas que lhe couberam em herança e a outras que posteriormente adquiriu, nas quais tem vindo a executar um trabalho modelar de emparcelamento e de reestruturação das vinhas. A evolução da sua actividade vitivinícola reveste-se de aspectos interessantes, quase paradigmáticos e merece um pouco de história.

Durante muito tempo foi fornecedor das conhecidas e prestigiadas companhias Casa Ferreirinha e Sociedade dos Vinhos Borges. Mas os problemas que afectaram o sector nos finais da década de 80, que tiveram como consequência um aumento exagerado dos custos de produção, e em especial a catastrófica colheita de 1988, levaram-no a questionar a rentabilidade das suas explorações.

E foi esse questionar o ponto de viragem.

Tal como muitos outros viticultores durienses, afectados pela recessão em que a Região Demarcada se debatia, voltou-se para a valorização das "sobras" do Vinho do Porto, ou seja, o vinho de pasto do Douro, até então tradicionalmente subalternizado em relação ao vinho generoso.

Claro que esta mudança radical de atitude exigia mais do que simples boa vontade e desejo de vencer: exigia formação técnica e profissional. Frequentou assim cursos de viticultura e enologia em Portugal e França (Bordéus) e, munido desse lastro e reunindo uma equipa devidamente qualificada, lançou mãos à obra na reestruturação das suas vinhas decidido a trilhar o seu próprio caminho de produtor-engarrafador, construindo na sua Quinta da Gaivosa a adega onde daí em diante vinificaria a produção das uvas provenientes das suas 5 Quintas.

Efectuadas algumas experiências com diversas castas, seleccionou as que se revelaram mais aptas a produzir os melhores vinhos de Denominação de Origem Douro, e com elas produziu e lançou no mercado, em meados de 1992, aquele que seria o seu primeiro vinho: o Quinta do Vale da Raposa branco 1991, que desde logo cativou os apreciadores e mereceu as melhores referências. Era o início de um percurso recheado de sucessos que se arrastou até aos dias de hoje, e de que amanhã concerteza ainda iremos ouvir falar.

A qualidade do seus vinhos tem vindo desde então a ser reconhecida através de distinções e referências em revistas da especialidade, destacando-se a atribuição do prémio "Produtor do ano" em 1999 pela prestigiada Revista de Vinhos.