Novidade
Taboadella Villae
Branco
2022
Dão
Preços
Sócio
10,45 Gfa
62,70 Cx
Não Sócio
11,00 Gfa
66,00 Cx
Vendido em cx de 6 gfa x ()
  • Notas de prova
Cor amarelo-citrino. Aroma intenso, floral com notas frutadas, citrinos e frutos brancos. Na boca é elegante e harmonioso, com boa acidez e estrutura. Final longo.
Designação Oficial: 
D.O.C.

Temperatura de Serviço: 

10/12ºC

Teor alcoólico: 

13.50%vol

Longevidade: 

2 a 3 anos

Harmonizações: 

  • Peixes |
  • Carnes brancas |
  • aves e queijos.

Situações de consumo: 

Com a refeição
Entradas
Vinificação: 
Vindima manual. Fermentação com controlo de temperatura, 80% do mosto fermenta em inox e os restantes 20% em tulipas de cimento Nicovelo.
  • Castas
  • Região
  • Enólogo
  • Produtor

Bical

Cerceal Branco

Encruzado

Dão

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A zona do Dão situa-se na região da Beira Alta, no centro Norte de Portugal. As condições geográficas são excelentes para produção de vinhos: as serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela protegem as vinhas da influência de ventos. A região é extremamente montanhosa, contudo a altitude na zona sul é menos elevada. Os 20000 hectares de vinhas situam-se maioritariamente entre os 400 e 700 metros de altitude e desenvolvem-se em solos xistosos (na zona sul da região) ou graníticos de pouca profundidade. O clima no Dão sofre simultaneamente a influência do Atlântico e do Interior, por isso os Invernos são frios e chuvosos enquanto os Verões são quentes e secos.

Na Idade Média, a vinha foi essencialmente desenvolvida pelo clero, especialmente pelos monges de Cister. Era o clero que conhecia a maioria das práticas agrícolas e como exercia muita influência na população, conseguiu ocupar muitas terras com vinha e aumentar a produção vitícola. Todavia, foi a partir da segunda metade do século XIX, após as pragas do míldio e da filoxera, que a região conheceu um grande desenvolvimento. Em 1908, a área de produção de vinho foi delimitada, tornando-se na segunda região demarcada portuguesa.

O Dão é uma região com muitos produtores, onde cada um detém pequenas propriedades. Durante décadas, as uvas foram entregues às adegas cooperativas encarregadas da produção do vinho. O vinho era, posteriormente, vendido a retalho a grandes e médias empresas, que o engarrafavam e vendiam com as suas marcas. 

Com a entrada de Portugal na CEE (1986) houve necessidade de alterar o sistema de produção e comercialização dos vinhos do Dão. Grande parte das empresas de fora da região que adquiriam vinho às adegas cooperativas locais, iniciaram as suas explorações na região e compraram terras para cultivo de vinha. Por outro lado, as cooperativas iniciaram um processo de modernização das adegas e começaram a comercializar marcas próprias, enquanto pequenos produtores da região decidiram começar a produzir os seus vinhos. As vinhas passaram também por um processo de reestruturação com a aplicação de novas técnicas vinícolas e escolha de castas apropriadas para a região.

As vinhas são constituídas por uma grande diversidade de castas, entre as quais a Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz (nas variedades tintas) e Encruzado, Bical, Cercial, Malvasia Fina e Verdelho (nas variedades brancas). Os vinhos brancos são bastantes aromáticos, frutados e bastante equilibrados. Os tintos são bem encorpados, aromáticos e podem ganhar bastante complexidade após envelhecimento em garrafa.

 

Fonte: Infovini

Observações dos produtores acerca deste vinho: 
A exuberância e a transparência da casta encruzado, combinada com os delicados aromas florais da Bical e a austeridade do Cerceal-Branco, permitiram-nos “desenhar” um vinho branco de singular perfil. De acidez contida e vibrante, estrutura linear de intensa gravidade e de final longo e pleno, Villae mostra-se como um belíssimo testemunho do terroir de origem! A vindima de 2022 teve lugar entre 6 setembro a 3 de outubro. Uma primavera atípica bastante fria no seu início aliada ao intencional atraso das podas, por opção técnica, originou um desfasamento no ciclo vegetativo. Desta forma evitámos a exposição às geadas tardias que se formaram na primeira quinzena de abril na região demarcada do Dão. A floração ocorreu com tempo solarengo o que permitiu a generosa formação de bagos, com cachos completos. Junho, julho e agosto foram meses sem pluviosidade, com temperaturas diurnas elevadas, mas com noites amenas que permitiram uma evolução do desenvolvimento do cacho com rácios equilibrados. Estas amplitudes térmicas em vinhas perfeitamente implantadas e adaptadas, aliadas à riqueza de água no subsolo, proporcionaram uma equilibrada evolução da maturação, originando uma qualidade excecional de uva. Estas condições particulares do microclima da Taboadella permitiram-nos elaborar vinhos de perfil e riqueza que espelham o terroir único que lhes dá origem. As uvas brancas beneficiaram de uma elevada concentração em aromas e estrutura neste ano de extraordinárias condições climáticas.

Quinta da Taboadella

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A Taboadella integra uma mancha única de 40 hectares de vinha entre o Vale do Pereiro e o Vale do Sequeiro, marcada por um planalto triangular que  se desenvolve entre as cotas de 400 a 530 m, caracteriza-se por encostas suaves pendentes para o quadrante Sudoeste, com um exposição solar privilegiada a sul e poente. O maciço montanhoso protege a vinha da massa de ar marítimo do Atlântico e dos ventos agrestes de Espanha, resultando num clima de transição entre o marítimo e o continental aparentemente temperado. O equinócio de outono regista uma quebra acentuada de temperatura e, geralmente, chuvas precoces e geadas, ocorrem no final da primavera.
A vinha tradicional não é regada, perpetuando a qualidade ancestral e a tipicidade das 18 parcelas em modo de produção integrada, caracterizadas por uma densidade média de 3500 plantas por hectare e uma produção média de 4000 kg por hectare. Nos anos 80 a vinha foi parcialmente replantada, introduzindo-se novas castas como a Tinta Roriz e o Encruzado, o Cerceal-Branco e o Borrado das Moscas (Bical). Hoje, a idade média das videiras é de 30 anos, mas algumas já atingiram um século de idade!

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